07 dezembro, 2010

Prosa prolixa




Vitamina Repressora contra o vômito maldito
Chafurdam na fronha de uma Boa menina
Que finge não ouvi-los enquanto ouve essa canção:

“Ela “
Sempre adestrada me dizia pra ir dormir
Exortava a “obedecer aos ponteiros”
Certa de que eles me retribuiriam em algum NENHUM DIA
Na verdade com voz mansa e sempre adestrada me ordenava
-VOCE TEM queridinha que querer ir dormir
E ali fazendo cara de frágil e enrustida
Insuflava
-Se você não dormir cedo/.........
-E SE Não pagar as contas em dia/..........
-se Não pedir desculpa aos hipócritas/.......
E nem tecer um vestido de puro linho para qualquer UM /......, jamais a terão por boa companhia

Ela me dizia pra ir dormir e me aconchegar
E logo metralhava mansamente um mar de blábláblás
- não vires a noite
- não mudes a entonação da prece decorada pelos pais EM TEU PEITO ancorada
-não diga palavrão
-finja a Boa educação
-aceite e não discuta TODO E QUALQUER sermão


Ela sobrevivia
Sempre das mesmas culpas
Deliciava-se sobre femininas angústias
Os tempos eram modernos
Mas suas máscaras eram muito atuantes
E os artifícios que Ela usava funcionavam muitas vezes mais do que deviam

Ela me dizia
-vá dormir
-peça licença
-cumprimente o chefe
-sorria para quem te iludiu e finge estender a mão
-desculpe-se com QUEM AINDA lhe deve muitas desculpas
-não tente ser uma má menina SENÃO O Pai NOSSO esquece que é seu pai


Menina tola ainda a caminho de ser A Mulher
Acreditando que Ela “aquela que ordenava e mordia suas vontades” realmente A Sua ATENÇÃO mereceria

Ela “aquela torta e deformada Consciência”
Recusava-se a entender
Que as contas se danavam mesmo quando pagas
Onde se enterravam dez PENDENCIAS Cresciam VINTE E TRINTA
E quando você defende a “Boa ECONOMIA” ALGUÉM FERRA com seu o orçamento Tão certinho...... tão tolinho
Levando nas mesmas águas seus projetos e a folha de ponto no trabalho


Da última vez que
Ainda quando a caminho de SER A Mulher
Esbarrei com a dita cuja “Ela”
Ela mesma protestou contra
Minha ira
Arrogância
Petulância
Minha recém-adquirida mania de pensar que pensava por mim mesma
Vociferou sentenças e castigos mil
Medos medonhos e impronunciáveis
Mais feios que os meus próprios ímpetos

Lembrei-lhe apenas que
Na próxima vez em que sugeri-se a leitura de sua “torta” cartilha
Eu enviaria na sua direção
TODAS AS AGUIAS e tigres ensandecidos
Que habitavam meus calabouços
QUE rasgavam minha garganta e me roubavam o ar
Quando na verdade ao invés de obedecer ao relógio
Ou sei lá.........................
Queríamos todos mesmo
Era PODER
Sem prever destino
PODER VOAR
e perseguir terras a explorar
sem efeitos colaterais
sem hora pra marcar.


Melian Cordéus
http://www.youtube.com/watch?v=W6eqn_LKRLY&feature=related

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