25 dezembro, 2011

Retorno da grotesca forma

Como o suave petrel

corta os céus e mergulha no infinito

azul.

Retorna a terra somente ao ninho

retorno a terra somente em desalinho

para cavar na era meu fruto apodrecido

para colher da flor á melancolia desabrochada

Retorno a terra para ver o mártir

sugando como faminto vampiro as forças da humanidade

em vindouros palpitações malignas deixando apenas ruínas

E todos aqueles entes dando de alimento ao esquecimento

Como o petrel de brancura inefável

Retorno ao ninho desgraçado,olvidado

para sempre de minha forma nauseabunda

de humano sujo de mãos desgraçadas

de sonhos perdidos.

Retorno a terra somente para olhar no espelho da tristeza

e contemplar ainda ferida beleza

Do olhar na plenitude da certeza

que tudo cada vez veloz,dissolverás

no ar impuro,e tudo visto afundarás

na infernal memória dos esqueletos

enterrados sem adeus,sem contemplar

a destruição mordaz dos sentimentos

tão esculpidos pelos alvos poetas

e transmitidos á todos que ainda sentem

Só retorno a terra,agora na forma grotesca

de sombra.



Luiz Carlos

Christimas

Mesa farta
Laços que aparta
retorna apenas em uma
data.
Lágrimas dos ocultos
estendidos como lençol negro
nas calçadas.
Fitam os sorrisos unidos
Relembram feridos.
Neste momentos solene de sinos
Christimas tinindo.
Cava a escura terra
a mãe em loucura séria
para rever seu filho
e olhar,chorar
sobre os semblantes não mais
reconhecíveis.
Visita a amada o prisioneiro
de cicatrizes amargas na alma
das grades enferrujadas
Depósitos de homens sem destino.
Árvore dos piscas-piscas coloridos
doridos a mesa faltando um.
aquele que se ausentou do mundo
pela bala perdida da maldita
sina fria deixando um vácuo
nos corações das uniãos de
somente uma data.

Luiz Carlos