11 março, 2012

Dentro de mim...



Sinto-me

Mergulho dentro de mim mesma

E busco...

Imerso ali ... No escuro de mim mesma

Na luz de mim mesma...

Sinto...

Sinto um medo, uma angústia, um vazio...

Uma excitação...

Longos fios se aglomeram entre eu e o espaço que ocupo

E o espaço que ainda vou ocupar...

Sentimentos sentidos...

Engavetados e exprimidos...

Causa e efeito...

Cargas que se atraem

Cargas que se repelem...

Sou um núcleo

Chamo e afasto...

E vice versa.

Emito ondas pensantes,

Que se pudesse denominar

Seriam tufões...

Uma série deles...

Movimentando e aglomerando...

Destruindo e construindo...

Sou uma força

Que impulsiona e que transforma...

Mas que também deseja a inércia...

Porque na inércia há ilusão de paz...

E na paz a ilusão de equilíbrio...

E o equilíbrio pra mim,

É essencial.

Ou não?

O que é prioridade?

Ser feliz?

Ou apenas ser alguma coisa,

Manifestar alguma coisa?

Essencial...

Remete-me a sufocar...

E pensando em todos esses devaneios...

Me falta o ar...

Busco...

Dentro de mim mesma

O ar que me falta.



São Gonçalo, 11 de março de 2012.
Beatriz  Peixoto.

05 março, 2012

Versos meus

Ó versos meus
vagam incompreendidos
lambendo as vísceras fétidas
das ruas,como cães malditos
sem lar e acalantos.
Almejam um coração aberto
Almejam um ouvido á escutá-los
Almejam pulmões microfonados
lábios doces ou amargos
Para quem quiser cantá-los
Versos,meus ah...versos
meus.
Almejam dançar,
dançar pelas vias públicas
uivar pelas praças,saraus,quartos,
solidões,dias,tardes,noites.
Sem tempo sem horas há
Chorar nos oceanos de outros
olhos..

Ah,versos meus
partes de mim
esparsos aos ventos,podem ser
desprezados como confretos de testemunhos
de jeová,ou amados como uns bons versos

descendo na alma e afagar.




Vão,versos meus buscando no silêncio


vestidos de palavras,a evolução como pão de cada

dia.Pousar como passarinho na janela de qualquer

coração que deixá-los entrar.

Ó versos meus,não mais meus
agora teus!
Luiz Carlos