Ó versos meus
vagam incompreendidos
lambendo as vísceras fétidas
das ruas,como cães malditos
sem lar e acalantos.
Almejam um coração aberto
Almejam um ouvido á escutá-los
Almejam pulmões microfonados
lábios doces ou amargos
Para quem quiser cantá-los
Para quem quiser cantá-los
Versos,meus ah...versos
meus.
Almejam dançar,
dançar pelas vias públicas
uivar pelas praças,saraus,quartos,
solidões,dias,tardes,noites.
Sem tempo sem horas há
solidões,dias,tardes,noites.
Sem tempo sem horas há
Chorar nos oceanos de outros
olhos..
Ah,versos meus
partes de mim
esparsos aos ventos,podem ser
desprezados como confretos de testemunhos
de jeová,ou amados como uns bons versos
descendo na alma e afagar.
Vão,versos meus buscando no silêncio
vestidos de palavras,a evolução como pão de cada
dia.Pousar como passarinho na janela de qualquer
coração que deixá-los entrar.
Ó versos meus,não mais meus
agora teus!
Luiz Carlos
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