26 novembro, 2011

Insensato

Ah!,insensato coração.
Inebriado do fastio almejo
de novamente bater o desejo
de sentir.E o que calado sente 
não revela.

"Parafernália clínica",vão
a ressurreição de bater
ferozmente.Por vezes mente
uma ilusao,quando tudo passa
um espinho como espólio fica.

Nos subterrâneos dos lençóis
vermelhos da catedral escura do
peito,há um insensato coração
sozinho tentando bater novamente
tentando sentir novamente.

Prometeu a si.
pela última vez baterá
ou definitivamente parada
cardíaca dos sentimentos.

Luiz Carlos
26 de novembro,Queimados 2011

15 novembro, 2011

Enquanto contempla o poeta

Se calam os lábios.
Silêncio,os olhos beijam
as paredes,encontram outros
olhos na linha reta fatal.

Ó animal fecundo pousa no 
olhar da fêmea sedenta.
Nos passeios delirantes dos
Sêmens amalgamados,dar-te
ao mundo outro ser inocente
entregue aos lixos e ratos.

Pisando no fecal deserto
suburbano,nos vidros baços
nas paisagens poéticas da solidão
do poeta passante,errante,itinerante
coração,em turvas roupas nas curvas
dos pensamentos repousa.

Todo silêncio dos lábios calados
Todo sexo calado,escandaloso
e as consequências vindas depois
nos jornais baratos.
A noite anterior,do poeta fitando
enquanto ao redor modificando
na rotação doentia do tempo.

Luiz Carlos

Lágrima

Uma lágrima cai.
Silenciosa vai.
Ai,de mim á lágrima,
cai e perdida vai.

Ó sozinho passarinho
no galho trina,trina para mim
trina a esta tristeza
sem fim.

Cai lágrima,cai...
na face:rola,rola,rola
ondas do mar em movimento
na fronte em desalento.
Rola,rola,rola,lágrima e cai.

Como dois corpos rolando
na cama,em cálidos desejos
rolam,a lágrima cai sem demora.
Chove lá fora,e aqui dentro 
tempestade!... Cai,a lágrima que
rola,rola,rola...
E nas horas vai..

Luiz Carlos