22 junho, 2010


Sob a meia verdade
- Wenceslau Teodoro Coral

Sob o véu de penumbras desconhecidas
Optamos pela luz ou pela escuridão
Sobre as páginas de letras opacas
Optamos pelo que é e o que não é

Nossas vidas em um rumo sombrio
Nunca sendo o que desejamos
Sempre buscando a distinção e o brilho
Mostrar-se mais e melhor que todos

Vagar pela linha da distinção, não do ébrio
Vagar pela luz que faz brilhar, não a que ilumina
Vagar pelas usinas nucleares, nunca perto de vagalumes evanescentes
Cair em abismos sem enxergar o fundo, jamais.

Abraçar a loucura nunca é uma opção
Negá-la não é necessário
Necessário é optar pela mesma meia verdade
Sempre. Em qualquer lugar. Para sempre.

Ser meio feliz, meio rico, meio boêmio
Ser meio medíocre, meio hipócrita, meio...
Ser meio herói, meio poeta, meio escritor
Ser meio apaixonado... ter metade de um amor
Sem nunca na verdade ter tido nada.

2 comentários:

Jeferson Cardoso disse...

A vida é busca insessante de coisas que não temos certeza.
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

Desengavetados disse...

Gosto dessa sua escrita filosófica que problematiza a condição humana. Bacana!

Beijos!

Andréa.