13 janeiro, 2012

Gritos do cárcere


Olhei-me ao espelho
Vi o indefinido deserto grotesco
de sofrimentos.
Ah!,espelho delirante
como uma cingana
vidente que mente ao ler a mão,a lágrima leu
nos olhos outroras distantes.

Corria como criança as ruas de minha
infância,com os balões vermelhos,azuis,amarelos
voando com o vento,vendo sorrisos dispersos

As pessoas que um dia apertarão minha mão,me abraçarão
que toquei sedento os lábios das poucas damas,
Destas mesmas num mentir que amei e beijei seus seios
em algumas noites onde volúvel ébrio entreguei-me
á tantas desilusões...
Passaram por mim,sem dizer-me adeus...
Não!,Não!
A lágrima vidente não mente
ela cai cintilante no chão e escurece
fazendo uma profunda evanescência das lembranças.
Indo embora da casca que apodrece.
As fronteiras do limite chega
para o homem de asas perdidas
costurando ainda os restos para continuar voando
E o limite?
Não há limite para poesia!
Meu céu,minha noite,minha tarde
minha musa,poesia,poesia,poesia
de tudo que respira e não respira
inspira linhas doentias ó febril lira,
vermelha a tinta,sangue violeta
do silêncio que se deita
na folha sombria o espelho.
Onde olhei-me e vi
estranho deserto grotesco
e uma flor que não sei da cor ou
miragem ou paisagem surrealista narcótica
somente sei do nascimento da flor,
há nascer no nada como vênus nas águas
Nasceu no olhar,como o alvorecer
Nasceu nos sentidos como a música balbuciando
o corpo.
Nasceu no braço,na perna
como o sempre mexer,caminhar avante
estrada lamacenta,como o ninho de amores
envolver braços,pernas,enlaçados igualmente concha
entonando canções murmurando como ondas do oceano.
cobrindo-me dos véus de bálsamos estranha flor resistindo
o deserto de dor e sofrimentos.

"Olhei,calei,chorei
No branco espelho
Onde confronto sempre com a caneta
afiada gritando palavras,são gritos do cárcere
na alma".

Luiz Carlos

5 comentários:

Adriana Alves disse...

Blog lindo da minha irmazinhã querida, bjossssss te amo muito !!!

Carlos Orfeu disse...

não entendi? rsrsrs

Os Tavernistas disse...

??? (do comentário)

(do poema)

Comecei lendo pra um lado e fui jogado em direção a outro.
Neste poema o intento do lirismo me fugiu.
Onde, senão no sentimento de protagonismo do poeta , há necessidade de ver presa a alma?
Achei muito hermético e queria mais metáforas.

Carlos Orfeu disse...

não etendi o comentario da adriana rsrsrsrs

Carlos Orfeu disse...

Caro estimado poeta,obrigado pela bela critica ao poema,uma boa critica ajuda a evoluir,mais a cada dia evoluirmos,um poeta ajuda o outro pelo menos eu penso assim,gostei muito da critica,vamos ao poema

"não a alma é liberta aos poucos vamos descobrindo as terras,o ermo universo que internamente possuimos,e sobre o poema carcére da alma:quer dizer as correntes que luto cada dia para me libertar para evoluir sempre,as correntes que me inquietam e angustia,não ligo se o poema haverá lirismo,ou metafora,apenas escreve o que há em mim,o que na alma,apenas escrevo,escrevo diacordo com a vontade das ondas poéticas me levar.Obrigado estimado tavernista,e desculpe-me se caso na resposta ao poema parecer um pouco grossa ou rude,e profundamente gostei muito da sua critica.obrigado,sinto-me agradecido"