31 agosto, 2010
Reflexão
O bom da vida está em mim
Em viver cada pedacinho de esperança
Em lutar pelas causas e coisas que me deixam feliz
Em estar ao lado daqueles que me querem bem!
O bom da vida está em acreditar
Que o melhor da vida está por vir
Acreditar que o amanhã
Será o melhor que já vivi
E saber que após um dia
Vem uma noite...
E ter a certeza de que ela pode ser
Melhor que ontem
Que estávamos tão felizes...
O bom da vida é existir!
E fazer desta existência
Algo útil
Algo que nós nunca...
Vamos poder repetir
O bom da vida...
É um baú de inúmeras coisas
Que ainda não fizemos juntos.
O bom da vida é também estar aqui!
Perto de você... Te fazendo feliz.
Em viver cada pedacinho de esperança
Em lutar pelas causas e coisas que me deixam feliz
Em estar ao lado daqueles que me querem bem!
O bom da vida está em acreditar
Que o melhor da vida está por vir
Acreditar que o amanhã
Será o melhor que já vivi
E saber que após um dia
Vem uma noite...
E ter a certeza de que ela pode ser
Melhor que ontem
Que estávamos tão felizes...
O bom da vida é existir!
E fazer desta existência
Algo útil
Algo que nós nunca...
Vamos poder repetir
O bom da vida...
É um baú de inúmeras coisas
Que ainda não fizemos juntos.
O bom da vida é também estar aqui!
Perto de você... Te fazendo feliz.
26 agosto, 2010
Poema Mudo
Já escrevi o que deveria falar,
Ainda penso no que poderia dizer,
Por muito tempo pensei por pensar...
... Agora estou entre o “Ser ou não ser”.
Meus olhos falam por si próprios.
Se não falo, palavras doem no peito.
E digo assim, meio sem jeito.
Falecido em êxtase... Em ópio.
Falo bem... Quando sei!
Desabo a falar quando tenho certeza.
Quando digo quem sou, ou que chorei!
Entre papeis espalhados, escritos sobre a mesa.
Quanto tempo tenho para pensar e saber?
Quanto tempo tenho para acordar e dormir?
Entre tanta certeza, eu prefiro esquecer,
Pois talvez um dia alguém se lembre de mim!
Por: Eduardo Henrique
Em: 08/08/2000
23 agosto, 2010
Memória
Estou ficando velho. As rugas da alma já aparecem e me deixam decrépito. Mas uma dúvida persiste em meu ser. Já vi tanta gente ignorar os meus sonhos que permaneço sempre na memória das pessoas pelo esquecimento. Por que não acreditam em mim?
Queria que isso fosse um problema psicológico ou a cisma antiga com a aparência pouco nobre. Sou ignorado justamente no momento em que apoio sonhos alheios. E o meu? Onde estaria? Todos me bombardeiam com críticas destrutivas e esquecem de que a minha memória sempre foi compartilhada.
Deixo a minha mente solta nesses escritos, porque não acredito em controle total sobre si. O humano é demasiado humano para o pragmatismo de nosso cotidiano. E não é a paráfrase de um título de livro que irá sintetizar o que sinto neste momento.
Fui subestimado por estimar demais as pessoas com que convivo. A memória grita ao meu coração e diz que não devia nunca ter escutado conselhos. Chamaram-me de narcisista, porque quis comunicar a individualidade no coletivo. A perversidade sussurou no meu ouvido para dizer: _ Esqueça tudo! Lembre-se de você.
Queria que isso fosse um problema psicológico ou a cisma antiga com a aparência pouco nobre. Sou ignorado justamente no momento em que apoio sonhos alheios. E o meu? Onde estaria? Todos me bombardeiam com críticas destrutivas e esquecem de que a minha memória sempre foi compartilhada.
Deixo a minha mente solta nesses escritos, porque não acredito em controle total sobre si. O humano é demasiado humano para o pragmatismo de nosso cotidiano. E não é a paráfrase de um título de livro que irá sintetizar o que sinto neste momento.
Fui subestimado por estimar demais as pessoas com que convivo. A memória grita ao meu coração e diz que não devia nunca ter escutado conselhos. Chamaram-me de narcisista, porque quis comunicar a individualidade no coletivo. A perversidade sussurou no meu ouvido para dizer: _ Esqueça tudo! Lembre-se de você.
22 agosto, 2010
Sorriso Estampado
Eu não tenho tempo para sofrer
A dor vai doendo enquanto eu sigo
Vou tentando esquecer
Fingindo que nem doeu
Corro para não me alcançar
Viro a cara pra ninguém me ver chorar
O sorriso estampado, corrosivo como acido.
É minha arma e meu veneno
Fugindo para não amar
Correndo para não doer
Quero saber quando vou sentar
E procurar me entender
No meio de tanta proteção
Estou sempre a mercê da queda
Já que não existe esconderijo
Para meu pior inimigo
Que sou eu mesma.
São Gonçalo, 20 de agosto de 2010
Anna Araujo
20 agosto, 2010
A Áspide e o Anjo do Martírio (Ou Reverberações Insanas)
Reverberações insanas ecoam
do frágil e cocho pensamento.
O filho desgarrado caminha
e santifica suas maldições,
pactua com a áspide
e não terá o calcanhar picado.
O sonho submerge no leito
em desejos nunca revelados.
É como a aurora de um dia
nublado, e tão natural
como a danação de minha alma
em chamas, tão natural
como o sorriso inconformado
de uma criança e a rama seca
do deserto do meu espírito.
Cantos de celebração vagueiam
em algum espaço vazio
dentro de uma caixa.
As vozes chamam e convidam
para o banquetes dos mendigos.
A áspide serpenteia e deixa
o seu veneno numa taça cristalina
e sorri suas presas para o
anjo triste do martírio.
As reverberações, a insanidade,
chegam ao ápice e o peso
do corpo cede contra o chão imundo
(onde cospem os caminhantes do destino)
e abraça a terra com suas
memórias e cantigas sombrias.
É natural que o veneno daquela taça
corra em minhas veias cortando
a realidade que se desfaz
diante de meus olhos marejados.
É natural, é tão natural...
São Gonçalo, 18 de agosto de 2010
13 agosto, 2010
D'Evolução
Se não precisa de mim,
Não me chame.
Se não quer me cuidar,
Abandone-me.
Se não me ouve,
Não me pergunte.
Se não quebrara,
Deixe que alguém junte.
Se não acariciar,
Não queira amor.
Se não provocar,
Não exija calor.
Se não me beijar,
Não sentira meu sabor.
Se não pedir,
Não dou, não dou, não dou.
Se não me preferir,
Não me almejou.
Se não decidir,
Não digo que vou.
Se não fingir,
Não te faço gozar.
Se não fugir,
Não vou procurar.
Se não mentir,
Não vou te amar.
Se não ferir,
Não vou chorar.
Se não desistir,
Não partirei.
Se não agredir,
Não crescerei.
Se não me quiser,
Não me distrai.
Se não se vestir,
Não deixe que eu saia.
Se não for feliz,
Não me faça acreditar.
Se não for uma meretriz,
Não fique... Vá... Vá... Vá!
Por: Eduardo H. Martins
Em: 11/08/2010
08 agosto, 2010
Somos todos
A cidade fede a feijão azedo,
E sua capa pegajosa de gordura
Adere aos meus sapatos gastos
Como um apelido cruel de infância,
Ou o olhar insosso dos idosos.
Ao longe soam os tambores dos vencidos,
Ecoando pelas esquinas escurecidas,
Tingidas de sangue e excrementos.
Ao lado me berram palavras da bíblia,
Enquanto velamos a nossa vergonha nua.
A criança que se deita sobre o fidalgo,
O velho que distribui impropérios na praça,
O jovem que chafurda em umbigo próprio:
Esta é a cidade de meus pesadelos,
Esta é a terra natal de minha angústia e choro.
Lua que só no céu brilha e não ilumina,
Esconde as rugas da decepção e dor.
Ônibus catados de pingentes de bijuteria,
Kombis que levam transeuntes como hortifruti,
Semáforos sempre vermelhos para a alegria.
Levo a cidade para casa, em minhas roupas velhas,
E minhas idéias sujas, em meu coração roto,
Minha insistência tatuada na pele seca.
Reflexos de mediocridade soberba, Manchester,
O dormitório onde repousam todas as esperanças.
Ao deitar, escovo de meus ombros, como caspa,
As desventuras de mais um dia na cidade.
Limpo os sapatos das ruas sem asfalto,
E dedilho a lira legada de um padroeiro sacana,
Que convertia as putas da esquina da Matriz.
Encravada entre o céu e a montanha,
Banhada por praias que não iluminam mais,
Amo-te e te odeio, cidade que eu sou,
Porque sou para sempre, somos todos,
E todos vocês são... Gonçalo.
E sua capa pegajosa de gordura
Adere aos meus sapatos gastos
Como um apelido cruel de infância,
Ou o olhar insosso dos idosos.
Ao longe soam os tambores dos vencidos,
Ecoando pelas esquinas escurecidas,
Tingidas de sangue e excrementos.
Ao lado me berram palavras da bíblia,
Enquanto velamos a nossa vergonha nua.
A criança que se deita sobre o fidalgo,
O velho que distribui impropérios na praça,
O jovem que chafurda em umbigo próprio:
Esta é a cidade de meus pesadelos,
Esta é a terra natal de minha angústia e choro.
Lua que só no céu brilha e não ilumina,
Esconde as rugas da decepção e dor.
Ônibus catados de pingentes de bijuteria,
Kombis que levam transeuntes como hortifruti,
Semáforos sempre vermelhos para a alegria.
Levo a cidade para casa, em minhas roupas velhas,
E minhas idéias sujas, em meu coração roto,
Minha insistência tatuada na pele seca.
Reflexos de mediocridade soberba, Manchester,
O dormitório onde repousam todas as esperanças.
Ao deitar, escovo de meus ombros, como caspa,
As desventuras de mais um dia na cidade.
Limpo os sapatos das ruas sem asfalto,
E dedilho a lira legada de um padroeiro sacana,
Que convertia as putas da esquina da Matriz.
Encravada entre o céu e a montanha,
Banhada por praias que não iluminam mais,
Amo-te e te odeio, cidade que eu sou,
Porque sou para sempre, somos todos,
E todos vocês são... Gonçalo.
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