22 agosto, 2010

Sorriso Estampado



Eu não tenho tempo para sofrer

A dor vai doendo enquanto eu sigo

Vou tentando esquecer

Fingindo que nem doeu


Corro para não me alcançar

Viro a cara pra ninguém me ver chorar

O sorriso estampado, corrosivo como acido.

É minha arma e meu veneno


Fugindo para não amar

Correndo para não doer

Quero saber quando vou sentar

E procurar me entender


No meio de tanta proteção

Estou sempre a mercê da queda

Já que não existe esconderijo

Para meu pior inimigo

Que sou eu mesma.



São Gonçalo, 20 de agosto de 2010

Anna Araujo



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