04 março, 2011

Catarse

Chuva. Música. Espírito e mente.
Rotina passiva, melancólica.
O frio de agosto e sentimentos irmãos.
Era de incertezas malditas.
Busca pelo medieval.
Na arte, na essência, na morte.
Fuga para as aventuras, as glórias.
Via fibra ótica.

Quanta modernidade, quanto conhecimento.
Quanta mediocridade, quanto açoitamento.
Às vezes, esquecemo-nos de tudo.
Na alcova de minha solidão, penso.
No leito nupcial de meu tormento, penso.

Descubro apenas trevas.
Sem pranto ou lástima.
Mesmo que este fosse um último grito
Quem saberia?

Para quem gritaria eu?
Para que alma além destas quatro paredes?
Nenhuma é tão amaldiçoada.
Nenhuma é tão açoitada. [como se sentisse o peito apertado contra o tronco frio e sentisse a chibata arder repetidas vezes, abrindo carne e dilacerando, músculos, ossos e espírito.]
Dilacerada.
Chuva. Música. E só.

Um comentário:

Carlos Orfeu disse...

Belo e inefável poema,de um grande irmão de noites de outroras,daquelas noites resta-me doces lembranças.
bela poesia de um grande irmão meu de alma.