24 setembro, 2011

Escrevo

Escrevo nos movimentos pulsantes
dos sentimentos furibundos,almejando
um corpo,para andar,para voar nas
imensidades desconhecidas de seu além.

Erro muitas vezes,aprendo com os erros
muitas das vezes dos erros,demora o aprendizado
estão ali,deitados meus sentimentos entre linhas.
Os olhos são a torre,onde o olhar é o contemplador.
Vislumbrando os corpos deitados nos campos da folha

Contemplando como o jardineiro bondoso e puro
vê suas flores em crescimento.
Tantas dores para sentir,dores para escrever
a dor lida,a dor proferida,consola profundamente
está dor sentida.

Escrevo não por ofício
Escrevo para que deixe as palavras
ornamentar seus próprios corpos
e andar.
Entrar em outras vidas.
E voar...

Escrevo para dizer,
até os versos mais banais,
até os versos mais tristes,
solitários.tenho algo a dizer!
Á compartilhar com outros coraçãos
de minha existência,desta busca incansável
pela essência.

Escrevo no tédio
escrevo para sempre saber
que vivo estou.

Luiz Carlos
24 de setembro,Queimados 2011

...

Saudades de uma vida de outrora,
Por muito vivida sem ser almejada.
Hoje a falta que faz, colabora,
Não faço falta, mas hoje você foi lembrada!


Por: Eduardo Martins
Em: 22/09/2011

17 setembro, 2011

Seios

Vislumbrando os contornos ternos dos seios
franzinos,singelos.Pervetindo com o toque dos
dedos.Ó seios,busto sacrossanto de Anthenas.
Ó símbolo do erotismo.

Ah!,porém ao meu ver, e pensar
os dedos são o jardineiro,e os seios
o jardim,por onde caminhas as mãos
com toda licenciosidade,caminhas
acalentando este pêssego,macio
delicioso e amoroso.

Franzino seios.
Beijo-os com delicadeza.
Para sentir seu néctar,a bela
dona destes pêssegos,jovial
fada guardiã deste jardim.


Luiz Carlos
17,de setembro Queimados 2011

15 setembro, 2011

Como se escreve poesia?

Fico pensando,
revirando por dentro
e não acho nada pra completar.

A minha vida parece completa
e as dúvidas cada vez mais certas.
Por que estou sozinho?

A solidão é a diferença do coletivo,
enquanto as vozes lá fora me dizem
que ainda estou vivo.
O abraço sincero de quem mentia,
o amor à revelia,
quem sou eu, poesia?

Refletindo,
vou estendendo o que era sofrimento,
mas não é pura transpiração.
Acredito que inspiração
não vem só do coração.

É dia a dia,
solo, batida
incrustada
em simples canção.

Poderia ter feito diversos sonetos,
perder horas na composição.
No entanto, sinto que a emoção vale mais
do que mil horas perdidas de reflexão.

Entre a razão e a emoção,
sou um Bocage remendado
de que tanta bobagem
me joga na multidão.

Comecei vate,
tornei-me diversos,
passei pela tempestade
e o meu ímpeto
acabou em pleno interdito.

De cronista solitário,
fui escritor visionário
de um passado lendário.
As minhas rimas só buscam sufixos
de dicionário.

E a cada movimento
vou me perdendo a cada verso.
Esquecendo de que o Uno
não é universo.

Então, poesia,
isso tudo é reflexão
Ou são meus ingênuos versos?

A certeza é que quando aprender
a escrever o que chamam de poesia,
Não sou eu quem vai saber
o que houve de melhoria.

11 setembro, 2011

Olhar marinheiro

Marinheiro olhar,caminhas
sem afundar.Nas ondas da 
vida;sem lar,qualquer lugar
é lugar.

Marinheiro olhar,o corpo 
do poeta é o navio,por onde
navega o olhar.

Solitário haurindo imagens
Paisagens descortinadas,
Deslumbra-o de arpejos 
e desejos.

Ó poetas,Ó poetisas.
Donos do olhar marinheiro
És passageiro,sem regresso ao
porto.Avante velejando,até
que a sina,lhe chame de morto
ou morta.Avante!

 Olhar marinheiro,tens vida própria
  Apenas parte,sem volta.
  Neste navio,onde os capitães
  deste navio,são sempre os poetas.

   Luiz Carlos

09 setembro, 2011

Peles de emaranhadas vias


Contradicao
Nada Combina
e tudo a espera
Meu calor em teu gélido mármore racional
A fala em metáforas,ou estar e não estar também
Tecido de tuas entranhas,se emaranhando nas janelas do pensamento
Como se a vida fosse tão doce e tão amarga
Tão minha e tua
Estranha,contrastante
Embrutece o homem, desfalece o menino...
Há lamento por sonhos que já não voltam
Há conformidade com as leis do ontem , do talvez e do nunca mais
Palavras evocam o desejo do que ficou pra traz
Será mesmo,o sangue que gela ? amor que estanca?
A chuva que cai?
O silêncio que se aconchega?

Escorre o tempo
Lâmpadas que se apagam e acendem
A dança das sombras ,repetindo-se no dia-a-dia
As pessoas temem ,em agonia se consomem
Por amores ´´inascidos´´

Viril vendaval nos campos,tragam boas novas!
A eternidade grita pro mundo,que do amanhã nada sabemos
Lancem as sementes
Cultivem seus jardins
Vistam sua melhor roupa
Por que sinos ainda ressoam
E as estrelas ainda brilham e cantam,por vocação!

Exúvia Hannar(2007)

www.fotolog.com/poemista

07 setembro, 2011

O poeta não morre(para todos os poetas e poetisas)

O poeta não tem corpo!
  Torna-se parte de tudo,
  desde do mais triste mendigo,até
   a mais lascívia meretriz,o trabalhador honesto
   a dona de casa singela,as flores do jardim,os ventos
   vindos do horizonte,o poeta é um pássaro e voa
   O poeta não morre,renasce
   as flores nos túmulos murcham 
   pela essência sorvida do poeta
   renasce e pelas eras voa,esparzindo
   quebrantos,levando poesia para todos

   A voz do poeta não é silêncio
   a voz do poeta é essência
   vagando pelas existências
   dando aos seus filhos,longos tragos
   inebriados,tirando-nos de nossas cavernas
   para arfar o peito e fazê-lo hirto
   e gritar(poesia,poesia,poesia)

  Foda-se o que dirão
  Foda-se o que julgarão
  o poeta,não morre,renasce
  e voa,iluminado pássaro crepuscular.

   Luiz Carlos

  7 de setembro,Queimados 2011

04 setembro, 2011

Gotas e gotas.

Gotas e gotas declinam no campo branco do papel
misturadas ao esforço e o amor pela arte,não importa á hora
Ah,vêm ó vêm princesa alento;acalentar minha mente 
libertar os pássaros internos da poesia.
Tilintam sinos da madrugada
todos dormem,ou em butecos de sexta-feira
morrem no frio,famintos.
Tombam corpos no assassinato,manchando calçadas 
com o sangue das dívidas não paga ou pelo simples olhar
da mulher do alheio.
Gira ó mundo,todos dormem 
No japão é dia.
estou aqui,a luz da vela bailarina
dando gotas de suor na infinita folha 
branca.Chove na alma.
Chove em meus olhos
gira,gira ó mundo enquanto
ajoelhado aos pés da nossa amada poesia eterna.
Vertendo poemas com o esforço á fio 
e lágrimas recordadas.
plantando flores nas feridas
incuráveis
Gira,gira ó mundo
voe,voe ó tempo...

Luiz Carlos
4 de setembro,Queimados 2011

Uma Noite na Taverna com a poesia de Mário Quintana

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