16 julho, 2012

O laço da gravata






















Quero calar-me de tal modo

Que o silêncio ainda seja voz

Quero nesse penar profundo
Dizer o que eu sinto sem dizer

Falar a cada coração pulsante
Que seja forte e siga em frente

Quero fingir um riso por dentro
Ainda que minha lágrima desça

E escorra fria pelo nó da gravata
Que me aperta e me deixa sem ar.

 Fabiano Silmes


Um comentário:

helenecamille disse...

Belos versos Fabiano. Que bom seria se pudessemos nos comunicar telepaticamente (alguns conseguem, eu ainda não rsrs). Mas ouvi você falar sem ouvir sua voz, o poema e o blog possibitaram isso, e digo que foi uma bela surpresa o que voce disse ao pé dessa página virtual.