14 julho, 2010

Baccanale


Vasto mundo, vasto mundo!
Onde caminham num paralelo obscuro
na celebração da carne e dos desejos imundos
a falange devassa de belas succubus.
Sugo da essência pagã,
tua línguas, teus seios,
no enlevo maculado, devaneios,
da mais requisitada cortesã.
Bebemos e nos embriagamos
na taça dionisíaca carnal
o fluído orgástico que jorramos
num brinde cáustico infernal.
A visão dos corpos nus extasiados,
entorpecidos no antro da devassidão
com o clangor hedonista sem cansaço
no limiar análogo de outra dimensão.
Vasto mundo, vasto mundo!
Onde caminham num paralelo obscuro
na celebração da carne e dos desejos imundos
a falange devassa de belas sucubbus.
São Gonçalo, fevereiro de 2005.
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imagem: Milo Manara.

Um comentário:

fernando nunes disse...

AVOE,AVE,AXÉ,AMÉM A POESIA,AS MUSAS E A NÓS SEUS DICÍPULOS
FANSARTE