Faminto em profunda decadência
e miséria rasteja o trôpego,
em sua desgraçada vida
o indigente apenas existe.
Farejava dor e putrefação,
ao mastigar restos e carniça
nomeado mordazmente:
Rastejante Maldito.
Rejeitado com chorume nas veias
sua carne repuxada sustentava
uma pele cadavérica
que sorria doentemente.
Distante de nossos sentidos
a fantasmagórica criatura
desejava uma vida verdadeira
mas só levou migalhas e surras.
Morreu! Um sem-número de cabeças
observaram seus restos mortais
negando que sua origem
é o mesmo ventre nos pariu.
- Mensageiro Obscuro.
Março/2010.
Foto: "Escolhas" por William A. R. Ferreira.
Portal do artista: Will Artes
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