Se dizias eu te amo,
era de coração na boca,
muito engolia vento de orgulho.
Vestido decotado
trazia umas pernas desnudas.
Pavio acesso
Rodava sua baiana
se fosse preciso.
Ah...se o corpo fervia
comê-la por vezes...de frente,
em pé e de quatro.
Corria nas veias
um sangue latino, erotizado.
Marcava desenhos na pele de amante
com unhas, com dentes
vestígios de boa cama.
Saciação.
E se ainda te lembras,
silencias.
Em luz apagada,
se queda nua:
a cama espaçada,
a sombra de corpo,
encolhida do escuro.
Por Andréa de Azevedo.
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