13 julho, 2010



Se dizias eu te amo,

era de coração na boca,

muito engolia vento de orgulho.


Vestido decotado

trazia umas pernas desnudas.


Pavio acesso

Rodava sua baiana

se fosse preciso.


Ah...se o corpo fervia

comê-la por vezes...de frente,

em pé e de quatro.


Corria nas veias

um sangue latino, erotizado.


Marcava desenhos na pele de amante

com unhas, com dentes

vestígios de boa cama.


Saciação.


E se ainda te lembras,

silencias.


Em luz apagada,

se queda nua:

a cama espaçada,

a sombra de corpo,

encolhida do escuro.

Por Andréa de Azevedo.

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