Apertaram minha mão,um sorriso recebi
me abraçaram e uma leve calidez senti,
me feriram e uma árdua lágrima consumi
sorvi cada gotija de cristal.
Recebi,abraços,apertos de mão
Menos meu nome não dei,portanto
um estranho sou.
Portanto,vadio comparado as cães sem lar
me junto a eles pelos ermos campos das ruas
vamos cantar.
Se vieres me abraçar,não retribuerei com a mesma
alegria,com o mesmo entusiasmo.
Alegria que ilude,mais mentirei a mim
mesmo um sorriso,fingirei alguma simpatia.
Se há tempos do meu peito,cortei todos os galhos
dos despojos de alegria iludida.
Danço
lanço
versos malabaristas
criando asas e partindo
são minhas mãos aos apertos de mãos
são meu corpo aos cálidos abraços
são minha voz efluviando no ar
é minha nudez,desnudando e seguindo
nos movimentos das ondas do mar.
Regresso ao quarto,onde ainda não saí
os cães esperam por mais um passaeio
nos subúrbios,comeremos lixo
nas ruas vamos correr,dormir com a lua
cantar a noite toda.
Solidão abre a porta da alvova
enquanto abro as janelas do meu
coração,vomitando antigas desilusões
Deixe-me junto,só com os lençóis
do delírio.
Luiz Carlos
13 de agosto,Queimados 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário