As grades enferrujadas da gaiola
vejo daqui o mundo lá fora,destes
pequeninos olhos de pássaro ferido.
O animal me aprisiona,tenho duas asas
de liberdade,entristecido sem usá-las fico
apenas oculto,por trás das grades.
O tempo vai-te embora,esqueci como voa
desconheço agora liberdade,se as asas
padeceu movimentos.Sou uma peça de amostra,
quando canto,não é alegre como ouvintes riem
ao frêmitos das cançonetas.
São canções de angústia,tristeza movidas
as feridas da prisão.O sol as vezes sinto-o
mais meu sonho se foi,junto ao extinto,perdido
após o assassínio das mãos do homem.
Liberdade,haurir o céu apenas visto
destes úmidos olhinhos...
sou apenas um pássaro ferido!
atrás das grades negras
da ferrugem..
Luiz Carlos
17 de junho,Queimados 2011
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