13 junho, 2011

(homenagem a ROD BRITTO e sua escrita certeira )

 Neste calendário lendas são abafadas nos dias dos meses
Por semanas preguiçosas
O carrilhar dos dígitos fritando sobre o trilho anual nos vagões seculares
Adstringente e botox sobre as dobras dos poros tentando apagar anotações da idade

Velha vida engolidora de oxigênio, que fica parindo homens na tentativa verbal de gritar “haja luz”sobre a superfície estéril
Se dobra ponta ponta gerações e não a tecido humano para embrulhar este edifício idealizado

Selvagem animal brame dentro do peito
ouvem-se seus gritos por entrelinhas ato falhadas
em uma faixa obscura e inconsciente
O comedor de carne in-natura quer campo-a-berros, presa frágil
Não mausoléu engravatado no pescoço de nó de garganta

Civilização vertical
-Paragrafo primeiro dadaísta risca faca e cospe fogo, decreta ruralização “nabucodonoziana”irracional
Mas cega e engasga fuligem atropelada com seus irmãos “ísmosos” utópicos e caquéticos
“ideologialismos”, uma religião panfletada em meio a vielas obscuras de manipulações claras de massa

o poeta comedor de putas enruga na gaveta com os maracujás da soberba condecorada
Malditos!?
Sim, hoje são ditos se diz dizendo
sei lá muito menos que sei cá
apaga a luz antes de sair, cospe no solo, esfrega a sola do sapato e não olhe para traz
Sou cá paz mais posso ser lá paz em guerra

Eu canibal de mim mesmo
Espeto de esquina esperto, despacho de estomago acostumado com aço voador, moedor de carne do taquaral para servir os pratos a tucupi de latas de goiabadas de pedras e pó
acha que vou ficar grifando os dias,...só tenho acréscimo, subversão de estatística essa e minha profissão perigo

Bata antes de entrar ou tente bote abaixo essa porra!
Berlim era meio fio em vistá, gaza e gazela da disney
minhas fronteiras está de trincheira até a mente, vou de navalha andaluz como cão “buñuelesco” e melhor você não dar mole, que o giro no quarteirão, traça eira e beira de brasão “a-sucrilhado” no prato herdado

sai!
Apaga a luz!


roberto monteiros



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