31 julho, 2011

Desabafo de um estranho

O amor me traiu,enquanto penso
nas dores pulsantes em meu peito,
vejo o além das janelas do olhar.
Há um sol erguido ao meio-dia,
não vislumbro-o,se apenas 
consigo ver  noite 
e estrelas.

Bons amigos,tenho são poucos
sinto-me estranho,quando um sorriso
dou,talvez para deixá-los  a vontade
ou para disfarçar toda tristeza sem máscaras
para oculta-la.

Sorrir é árduo,impossível sorrir!
Quando suas janelas estão nuas
quando vagueia pelas estradas da
libertação e lá,numa poça d´água
contempla o através das nossas carnes
sujas.

Um testemunho de Jeová me deu um papel,
recusei-o,fumando a solidão estavas,
sentou-me do meu lado e disse:que iria 
para o inferno.

Como assim,se jaz estamos nele,
se o inferno somos nós.
Para que aceitar o papel,se para o lixo
irá se deitar juntamente as baratas famintas.

"Sou negro
Sou poeta
Sou tormentos
Sou estrangeiro"
Levo cuspe dos olhares,
enluto pelas ruas tristes caminho,
sendo um estranho há passar por vocês
rindo ou chorando das desgraças,corvos
pairando anciosos pela minha carne envenenada.

Não sei quando dormirei,
Não sei até quando caminharei.
Apenas vivo,e amo meu único amor
Á poesia!

Luiz Carlos
31 de julho,Queimados 2011

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