23 julho, 2011

O meu coletivo é solidão

A cabeça guardou pensamento,

O sorriso escondeu o deslumbramento,

Lá vou eu.


Passeio pela calçada da vida,

Encaro a morte perdida

Nas lembranças de quem já morreu.


Vejo o sol fechar o seu ciclo

E a lua fazer um bico.

Na natureza, eu vivo.


Passeio por aí

Para descobrir que não deveria

Nunca (mas nunca!)

Ter saído do lugar.


Quero respirar o ar sem medo.

Sou o puro aedo

Do cantar de ser feliz.


Quero passear na sua mente,

Te deixar demente

Até não pensar.


Minha filosofia é minha vida

Que de descoberta

Já está escondida

Em um passeio de verão.


Não tenho medo

De ser eu mesmo

Pois o meu coletivo é solidão.

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