21 maio, 2011
Ó meu amor sem nome!
Ó meu amor sem nome;
trago á ti : este coração com
fome.
Bate sangrando,vermelho sino
tilintando dorido; canções de
tantas feridas.
Ah!,"meu coração com fome"
sempre há espera do amor sem
nome. Manchando solidões com
tintas: pretas,vermelhas e azuis
Ó coração meu coração com fome
Bate,bate á brio; coração.
Esperando,esperando,
tão longe há vir,Ah... meu amor sem
nome.
Luiz Carlos
trago á ti : este coração com
fome.
Bate sangrando,vermelho sino
tilintando dorido; canções de
tantas feridas.
Ah!,"meu coração com fome"
sempre há espera do amor sem
nome. Manchando solidões com
tintas: pretas,vermelhas e azuis
Ó coração meu coração com fome
Bate,bate á brio; coração.
Esperando,esperando,
tão longe há vir,Ah... meu amor sem
nome.
Luiz Carlos
Mundo,nosso mundo vil...
(Ás lágrimas de cada dia)
Olhos cegos do mundo,sofrimentos bordados com lençóis de linhos
e lágrimas.
Fome.Fome dona fome
vá embora,dona fome!Choramos nas estradas
apenas o gosto das nossas
caveiras vem aos lábios
Vasto mundo vil,semeador
de angústias e mártir.
Templos em orgias,manchandoa bíblia com a sagrada luxúria
pregada nos palcos da mentira.Morto para o mundo,vivo caminhos
rameados á essências e poesia
Dores,seus tinidos ouvimos
murmúrios da nossa humanidade
em declínio,ó mundo.
nosso mundo vil,prantos rasgam
a face.
Miséria!
Miséria!
Miséria!
Onde os anjos foram sepultados?
Miséria: o mundo sofre!
Miséria:estamos condenados a vida.
Fome:nossa humanidade não aguenta mais
chorar...
nosso mundo vil,prantos rasgam
a face.
Miséria!
Miséria!
Miséria!
Onde os anjos foram sepultados?
Miséria: o mundo sofre!
Miséria:estamos condenados a vida.
Fome:nossa humanidade não aguenta mais
chorar...
Luiz Carlos
20 maio, 2011
Sou
"Sou aquele que andas ferido,
ainda sonhas,ainda ama.
mesmo do amor,fizeste-me
desencanto.
Sou aquele,que navega na noite.
Sou aquele que da poesia,fez de
abrigo.
Sou aquele passante nas tardes,
sem ter saudades para sentir.
ou uma mísera lembrança para
chorar e rir"
Luiz Carlos
ainda sonhas,ainda ama.
mesmo do amor,fizeste-me
desencanto.
Sou aquele,que navega na noite.
Sou aquele que da poesia,fez de
abrigo.
Sou aquele passante nas tardes,
sem ter saudades para sentir.
ou uma mísera lembrança para
chorar e rir"
Luiz Carlos
18 maio, 2011
Uma vida é só uma vida...
Sou fraco, sou humano.
Sou triste, sou insano.
Sou viril, sou devoção.
Sou plagio, sou coração.
Sou gentil em minhas preces,
Sou surdo em minhas noites,
Um romântico inveterado,
Um sujo envergonhado.
Uma alma sem pudores,
Um ser humano sem vergonha,
Um ridículo saudosista,
Um louco visionário.
É quando me faltam às palavras que elas fazem mais sentido...
Sem querer porra nenhuma da vida,
Sem lembrar os nomes das putas de outrora,
Sem pedir nada a santos ou demônios.
Talvez por isso, não me falte bebidas e nem cigarros!
Por: Eduardo H. Martins
Em: 16/05/2011
Sou triste, sou insano.
Sou viril, sou devoção.
Sou plagio, sou coração.
Sou gentil em minhas preces,
Sou surdo em minhas noites,
Um romântico inveterado,
Um sujo envergonhado.
Uma alma sem pudores,
Um ser humano sem vergonha,
Um ridículo saudosista,
Um louco visionário.
É quando me faltam às palavras que elas fazem mais sentido...
Sem querer porra nenhuma da vida,
Sem lembrar os nomes das putas de outrora,
Sem pedir nada a santos ou demônios.
Talvez por isso, não me falte bebidas e nem cigarros!
Por: Eduardo H. Martins
Em: 16/05/2011
17 maio, 2011
Nudez
Tentei calcular sem sucesso
e confinei-me numa cela gélida
onde chacoalhava desesperada
uma fera chamada libido.
Nas nuances do suave e bestial
aderimos aos nossos desejos,
desatando das prisões
para encontrar nosso refúgio.
Entrelaçados e agitados
ignoramos tudo e todos,
encaixando nossas peças
num jogo de movimentos,
no qual o clímax revelava
duas formas de nudez.
- Mensageiro Obscuro.
Abril/2011.
Foto: Modelo da grife Madeleine Chemise com lingerie e máscara pelo site de lingerie Allure Lingerie.
Portal da grife: Allure Lingerie
e confinei-me numa cela gélida
onde chacoalhava desesperada
uma fera chamada libido.
Nas nuances do suave e bestial
aderimos aos nossos desejos,
desatando das prisões
para encontrar nosso refúgio.
Entrelaçados e agitados
ignoramos tudo e todos,
encaixando nossas peças
num jogo de movimentos,
no qual o clímax revelava
duas formas de nudez.
- Mensageiro Obscuro.
Abril/2011.
Foto: Modelo da grife Madeleine Chemise com lingerie e máscara pelo site de lingerie Allure Lingerie.
Portal da grife: Allure Lingerie
16 maio, 2011
Silvana
á maquiagem ocultando dores
lágrimas coaguladas ainda no rosto
Andavas triste,tragando teu cigarro
no ponto do ônibus sempre vazio
11:30 badala o bip do relógio
arrasta-se amargas horas
´para mais uma noite regada a lágrimas
no travesseiro sujo e amarelo.
Semblante túmido,o amor lhe
trouxe incuráveis feridas.
Ó Silvana mergulhada em agonias
Sob no morro,compra uma droga
tranca as portas,e lá entrega-se
apenas a sua solidão!
Luiz Carlos
13 maio, 2011
Retornos
Tempos breves,assim como os ventos
passam em murmúrios,enxugam as lágrimas.
Tempos breves,sempre na constâcias dos retornos,
angústias,dores,sorrisos.Toda brevidade da idade
juvial,quando semblantes muchos esvai todo viço
o que restará das nossas memórias?,levadas pelos
avalanches?!
Profundo vórtice,deixando seus estragos,e os restos
tristemente recuperados,diluídos nas mais amargas lembranças.
Sombra no chão ,silhueta fiel aos passos.
O que resta após uma grande perda?
Retornos e retornos as frias lágrimas
momentos de descidas,no carrossel
das reflexões,campos floridos,flores
não nascem mais.
O que restas após uma árdua perda?
estás palavras não ditam respostas; apenas
perguntas,nos lapsos dos anos respostas
hão de colhermos,espinhos hão de ferir-nos
dores hão de nascer assim como o sol.
Luiz Carlos
12 maio, 2011
Bons tempos
Lembro dos sorrisos
de outrora.das brincadeiras
sem hora.
Das conversas com demora,
e as tristezas compartilhadas
dos vinhos derramados na mesa,
lembro das saudades que ficou
Aquelas lágrimas vespertinas
retornando junto com os pássaros
busco meus horizontes.
lembrando dos antigos passos
impelindo o presente
O coração sente,falta daqueles bons
tempos.Ah! não há volta velho amigo.
de outrora.das brincadeiras
sem hora.
Das conversas com demora,
e as tristezas compartilhadas
dos vinhos derramados na mesa,
lembro das saudades que ficou
Aquelas lágrimas vespertinas
retornando junto com os pássaros
busco meus horizontes.
lembrando dos antigos passos
impelindo o presente
O coração sente,falta daqueles bons
tempos.Ah! não há volta velho amigo.
O outros dias,noutros tempos
Outro dia,palavras imcompreendidas
foram ferir láminas malditas!
noutro dia,dentro do dia,noutro eu
entoando lástimas,assassinando partes
de alguns eus meus.
Outro dia,noutras lágrimas
campanário triste,apenas tilintam
melodias tristes,desoladas cores,
em que na mocidade sorvo estes
sabores,dissabores!
Outro dia,noutras dores
outras palavras,noutros lábios
única solidão sem retorno
Outroras sem volta.
Apenas sentir e chorar!.
Ah!,outros anos virão?
noutros sóis hei de ver?
outras lágrimas hei de sentir?
Ó não sei,ó nao sei!
joguei partes no esgoto,
rasguei meus eus muitas vezes!
para moralmente caminhar,ferido
não há cura!mesmo se houvesse
renegaria!renegaria!
Hei!estou aqui,cantando outros dias
noutros tempos,juntamente com meus
eus partidos.
Luiz Carlos
foram ferir láminas malditas!
noutro dia,dentro do dia,noutro eu
entoando lástimas,assassinando partes
de alguns eus meus.
Outro dia,noutras lágrimas
campanário triste,apenas tilintam
melodias tristes,desoladas cores,
em que na mocidade sorvo estes
sabores,dissabores!
Outro dia,noutras dores
outras palavras,noutros lábios
única solidão sem retorno
Outroras sem volta.
Apenas sentir e chorar!.
Ah!,outros anos virão?
noutros sóis hei de ver?
outras lágrimas hei de sentir?
Ó não sei,ó nao sei!
joguei partes no esgoto,
rasguei meus eus muitas vezes!
para moralmente caminhar,ferido
não há cura!mesmo se houvesse
renegaria!renegaria!
Hei!estou aqui,cantando outros dias
noutros tempos,juntamente com meus
eus partidos.
Luiz Carlos
11 maio, 2011
Helena de Tróia
Estou sentindo frio,
Mas não o frio do inverno,
É aquele que sinto quando suas mãos
Ficam longe da minha pele
Por mais de um momento.
Fecho os olhos deitada e lembro
Dos arrepios que senti com o toque
Úmido da sua língua varrendo meus
Pelos pelo corpo a fora.
Minhas pernas que tremiam de desejo
Agora tremem de saudade,
Do peso e força que me invadia
Como um “Cavalo de Tróia”.
Abri os olhos assustada e fechei satisfeita
Quando pela primeira vez
Senti sua pela nua e quente
E seus braços me seguravam para não fugir
E eu nem queria.
Sua língua roçava minha nuca
Enquanto minhas mãos tentavam
Se agarrar no lençol que já não forrava mais a cama
E escorregavam por ela
Quando me vencia pela força.
Cai entre suas pernas
Como a corsa no leito de um rio
Após a corrida, tentando matar a sede
Insaciável que tem a jovem
Fiz de ti o vinho que me embriagou
Na primeira noite apreciada.
Nem lembro o que usava
Toda roupa foi arrancada tão
Rápido quanto possível
E soldados arrombaram minha porta
Fui dominada e conquistada,
Fui vencida e os
Soldados de Tróia se instalaram em mim.
09 maio, 2011
A verdade sobre mim.
Vida sem emoção, sem ternura, nem perdão.
Vida sem interrogação, ponto, vírgula ou exclamação.
Vivo em linha reta com palavras programadas,
Sentimentos contidos e a pele arrepiada.
Conto sempre as mesmas piadas e todo mundo ri,
Só pra não me deixar sem graça.
Vivo à margem dos acontecimentos,
Amigos, família, ébrios e eventos.
Até meus amores fazem parte da rotina,
Morno, insosso... Uma paisagem sem morfina.
Mesmo quando as lágrimas
Se contorcem em desabar,
Vedo-me... Até para esses momentos
Tenho hora e lugar.
Tenho tendência a sumir
De vez em quando.
É quando me torno humano,
Sucumbo à dor, ou desengano.
Contorno minhas próprias palavras... Sigo pelo caminho mais longo.
Nada mudou... Uso frases de impacto pra parecer o que não sou.
Na verdade conto histórias que não deveriam ser minhas,
Se fossem minhas, todas terminariam em ponto final.
Por: Eduardo H. Martins
Em: 27/04/2011
Vida sem interrogação, ponto, vírgula ou exclamação.
Vivo em linha reta com palavras programadas,
Sentimentos contidos e a pele arrepiada.
Conto sempre as mesmas piadas e todo mundo ri,
Só pra não me deixar sem graça.
Vivo à margem dos acontecimentos,
Amigos, família, ébrios e eventos.
Até meus amores fazem parte da rotina,
Morno, insosso... Uma paisagem sem morfina.
Mesmo quando as lágrimas
Se contorcem em desabar,
Vedo-me... Até para esses momentos
Tenho hora e lugar.
Tenho tendência a sumir
De vez em quando.
É quando me torno humano,
Sucumbo à dor, ou desengano.
Contorno minhas próprias palavras... Sigo pelo caminho mais longo.
Nada mudou... Uso frases de impacto pra parecer o que não sou.
Na verdade conto histórias que não deveriam ser minhas,
Se fossem minhas, todas terminariam em ponto final.
Por: Eduardo H. Martins
Em: 27/04/2011
08 maio, 2011
No meio da cidade
Ou eu como,
Ou penso?
A modernidade
Não deu espaço para as minhas fraturas.
A minha tristeza
Corrói por dentro.
Vivemos na frieza
Do coletivo pensamento.
Trabalho, diversão,
Alegria e sofrimento.
Basta essa enumeração
Para suavizar o tormento.
Paixões sinceras
Foram-se diante da tempestade.
Por isso, quero construir quimeras
No meio dessa cidade.
*
Abrandar, sonhar,
O que for preciso.
Queria respirar
E ultrapassar o suplício.
Não dar espaço
Para o simples sentimento.
E me tornar o braço
Da consciência em movimento.
Destruir chavões poéticos
Pela simplicidade dos versos.
Ser rudimentar, rural, quase artesanal
Nesse tom profético.
Não sou triste,
Não sou alegre,
Não sou.
Extraio do nada
O tudo que me comove.
E vou movendo pela calçada
O livro da vida.
Minha liberdade
Tornou-me um bicho,
Que vaga
No meio dessa cidade.
obs.: Peço desculpas por uma postagem anterior em meu nome que veio de uma falha na internet e publicou uma frase, sem conexão com nada, do formspring. Evoé a todos e viva a arte.
Ou penso?
A modernidade
Não deu espaço para as minhas fraturas.
A minha tristeza
Corrói por dentro.
Vivemos na frieza
Do coletivo pensamento.
Trabalho, diversão,
Alegria e sofrimento.
Basta essa enumeração
Para suavizar o tormento.
Paixões sinceras
Foram-se diante da tempestade.
Por isso, quero construir quimeras
No meio dessa cidade.
*
Abrandar, sonhar,
O que for preciso.
Queria respirar
E ultrapassar o suplício.
Não dar espaço
Para o simples sentimento.
E me tornar o braço
Da consciência em movimento.
Destruir chavões poéticos
Pela simplicidade dos versos.
Ser rudimentar, rural, quase artesanal
Nesse tom profético.
Não sou triste,
Não sou alegre,
Não sou.
Extraio do nada
O tudo que me comove.
E vou movendo pela calçada
O livro da vida.
Minha liberdade
Tornou-me um bicho,
Que vaga
No meio dessa cidade.
obs.: Peço desculpas por uma postagem anterior em meu nome que veio de uma falha na internet e publicou uma frase, sem conexão com nada, do formspring. Evoé a todos e viva a arte.
Kind der Nacht
Quão insuportáveis são estas horas
Longe de ti, de seu toque, do seu olhar
Quão triste me sinto sem este doce ópio
No qual viciei minha mente e meu espírito
O cheiro da sua pele, cabelo, sua simples presença
Forte apatia que invade minha alma
Um medo imenso cresce e cresce
Quase sobrenatural, sobre o que sinto
Longe, tudo me parece pálido
A pele fria, sem vida
Só aquecida pela bebida que desce
Garganta abaixo, devolvendo-me a vida
Doce esperança alimentada pelo lembrar
Insuportável solidão nessa condição
As lágrimas surgem em meus olhos
Caem no abismo vazio a minha frente
Eu fico a olhar todas as luzes pálidas da cidade
Imitações de um brilho muito mais intenso
As lembranças, as sensações e os anseios
Pedaços da minha alma ir-se-ão sem a presença
Desfazendo-me aos poucos, anseio pela unidade
Um suave e agradável sonho que se desfaz na noite
Como a luz que se extingue ao cair da noite
Como o vampiro que vira cinzas por não mais aguentar
Como meu coração esquecido em uma bandeja oferecida.
Longe de ti, de seu toque, do seu olhar
Quão triste me sinto sem este doce ópio
No qual viciei minha mente e meu espírito
O cheiro da sua pele, cabelo, sua simples presença
Forte apatia que invade minha alma
Um medo imenso cresce e cresce
Quase sobrenatural, sobre o que sinto
Longe, tudo me parece pálido
A pele fria, sem vida
Só aquecida pela bebida que desce
Garganta abaixo, devolvendo-me a vida
Doce esperança alimentada pelo lembrar
Insuportável solidão nessa condição
As lágrimas surgem em meus olhos
Caem no abismo vazio a minha frente
Eu fico a olhar todas as luzes pálidas da cidade
Imitações de um brilho muito mais intenso
As lembranças, as sensações e os anseios
Pedaços da minha alma ir-se-ão sem a presença
Desfazendo-me aos poucos, anseio pela unidade
Um suave e agradável sonho que se desfaz na noite
Como a luz que se extingue ao cair da noite
Como o vampiro que vira cinzas por não mais aguentar
Como meu coração esquecido em uma bandeja oferecida.
04 maio, 2011
Vencido á vida
Miserável!Miserável ser pançudo,
de vida roída,desempregado faz do sofá
e baratas fiéis companias.
Garrafa vazia,tv quebrada.Geladeira vazia!
lágrimas escorrem todas as noites.
na triste relembrança da mulher morta
no assalto.De um dissabor agosto.
Aquele sofá és sua redenção
baratas vagabundas circulam
o mofo tornou-se custumeiro
bálsamo de dores e tristezas
Miserável!Miserável!Miserável!
todos os sorrisos enferrujados.
Alegrias apenas uma memória comparada
com um pão úmido.
Amigos,ah!... os amigos há tempos partiram
solidão,vencido homem!solidão....
pançudo,calvo,triste,na sarjeta junto
as moscas e agonias lá estás
o vencido á vida!
Luiz Carlos
de vida roída,desempregado faz do sofá
e baratas fiéis companias.
Garrafa vazia,tv quebrada.Geladeira vazia!
lágrimas escorrem todas as noites.
na triste relembrança da mulher morta
no assalto.De um dissabor agosto.
Aquele sofá és sua redenção
baratas vagabundas circulam
o mofo tornou-se custumeiro
bálsamo de dores e tristezas
Miserável!Miserável!Miserável!
todos os sorrisos enferrujados.
Alegrias apenas uma memória comparada
com um pão úmido.
Amigos,ah!... os amigos há tempos partiram
solidão,vencido homem!solidão....
pançudo,calvo,triste,na sarjeta junto
as moscas e agonias lá estás
o vencido á vida!
Luiz Carlos
O poeta suburbano
Descia á rua,poeta suburbano andando
sobre alvas palavras,em ígneo coração
os sapatos rotos,calças desbotadas
andava ruas abaixo,poeta suburbano!
Chovia tênue garoa,lentamente caminhava
com olhos famintos,saciando-se da poesia
dançando no vácuo noturno,cintilante como
estrelas tímidas,foram se esconder atrás
das nuvens negras.
Poeta suburbano,á dor pungente le beija
como uma puta na esquina que arqueja.
Colheu flores de cimento,para leva-las
ao peito,e lava-las com toda essência
vagueando,vagueando,não para encontro
de outros lábios.
Mais sim recontrando á si mesmo,alhures
sujas calçadas,diluídas em estrelas cintilantes
a pequenina chuva,véu cálido umedecendo
solidão aérida,como brumas do relento
vem e lá no fundo canta,lá,lá,lá,lá,lá,lá.
Poeta suburbano,das flores de cimento
das sujas calçadas,da pequenina chuva
verteu iluminuras cândidas ecoadas
do profundo jardim da alma.
Luiz Carlos
sobre alvas palavras,em ígneo coração
os sapatos rotos,calças desbotadas
andava ruas abaixo,poeta suburbano!
Chovia tênue garoa,lentamente caminhava
com olhos famintos,saciando-se da poesia
dançando no vácuo noturno,cintilante como
estrelas tímidas,foram se esconder atrás
das nuvens negras.
Poeta suburbano,á dor pungente le beija
como uma puta na esquina que arqueja.
Colheu flores de cimento,para leva-las
ao peito,e lava-las com toda essência
vagueando,vagueando,não para encontro
de outros lábios.
Mais sim recontrando á si mesmo,alhures
sujas calçadas,diluídas em estrelas cintilantes
a pequenina chuva,véu cálido umedecendo
solidão aérida,como brumas do relento
vem e lá no fundo canta,lá,lá,lá,lá,lá,lá.
Poeta suburbano,das flores de cimento
das sujas calçadas,da pequenina chuva
verteu iluminuras cândidas ecoadas
do profundo jardim da alma.
Luiz Carlos
02 maio, 2011
CRUCIFIXO NEGRO
(para uma família de indigentes em Niterói)
Selaram a mentira com um beijo;
crucificaram o amor no medo.
E os sonhos?
Perderam-se no caminho.
O dia escureceu,
a noite perdeu a esperança.
As águas se esconderam na Guanabara.
Pelas ruas o sangue negro chora...
Vozes famintas cantam preces
na lembrança dos antepassados.
A Avenida Amaral Peixoto
bebe sua bebida amarga,
ardente...
Entorpece a dor que ri lasciva,
latente.
A indiferença enfeita a Avenida.
A vida lamenta, finge...
encena sombras esquecidas
na cruz negra erguida sob a escuridão do dia.
Janaína da Cunha
Setembro/2002
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