Vida sem emoção, sem ternura, nem perdão.
Vida sem interrogação, ponto, vírgula ou exclamação.
Vivo em linha reta com palavras programadas,
Sentimentos contidos e a pele arrepiada.
Conto sempre as mesmas piadas e todo mundo ri,
Só pra não me deixar sem graça.
Vivo à margem dos acontecimentos,
Amigos, família, ébrios e eventos.
Até meus amores fazem parte da rotina,
Morno, insosso... Uma paisagem sem morfina.
Mesmo quando as lágrimas
Se contorcem em desabar,
Vedo-me... Até para esses momentos
Tenho hora e lugar.
Tenho tendência a sumir
De vez em quando.
É quando me torno humano,
Sucumbo à dor, ou desengano.
Contorno minhas próprias palavras... Sigo pelo caminho mais longo.
Nada mudou... Uso frases de impacto pra parecer o que não sou.
Na verdade conto histórias que não deveriam ser minhas,
Se fossem minhas, todas terminariam em ponto final.
Por: Eduardo H. Martins
Em: 27/04/2011
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Um comentário:
"Tenho tendência a sumir
De vez em quando.
É quando me torno humano,
Sucumbo à dor, ou desengano."
Belessímo poema,de uma sinceridade
profunda.
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