04 maio, 2011

O poeta suburbano

  Descia á rua,poeta suburbano andando
  sobre alvas palavras,em ígneo coração
  os sapatos rotos,calças desbotadas
  andava ruas abaixo,poeta suburbano!

  Chovia tênue garoa,lentamente caminhava
  com olhos famintos,saciando-se da poesia
  dançando no vácuo noturno,cintilante como
  estrelas tímidas,foram se esconder atrás
  das nuvens negras.

  Poeta suburbano,á dor pungente le beija
  como uma puta na esquina que arqueja.
  Colheu flores de cimento,para leva-las
  ao peito,e lava-las com toda essência
  vagueando,vagueando,não para encontro
  de outros lábios.

  Mais sim recontrando á si mesmo,alhures
  sujas calçadas,diluídas em estrelas cintilantes
  a pequenina chuva,véu cálido umedecendo
  solidão aérida,como brumas do relento
  vem e lá no fundo canta,lá,lá,lá,lá,lá,lá.

  Poeta suburbano,das flores de cimento
  das sujas calçadas,da pequenina chuva
  verteu iluminuras cândidas ecoadas
  do profundo jardim da alma.


                            Luiz Carlos

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