25 dezembro, 2011
Retorno da grotesca forma
Christimas
26 novembro, 2011
Insensato
15 novembro, 2011
Enquanto contempla o poeta
Lágrima
30 outubro, 2011
Estella
entra e não avisa no decorrer
do dia,a triste metarmofose da tarde
para á noite quente que arde.
Distante através das antenas de cano
através dos muros mal-feitos das casas
por pintar,nuas em tijolos.Solitária estrela
cintilante no horizonte,dançava defronte
ao olhar que lhe via delirante.
Os móveis mudam de cor,arrebol dourado
derramou nos móveis a cor da tarde,a noite
derrama a cor do luto as portas do armário
abertas,revelam o cheiro velho das estradas
pelas roupas usadas,lavadas,lavou o suor
das noites galopante em solidão.
Mudam os movimentos da cidade,vista do distante
as ruas asfalto torturante viram as curvas andante
carregando no peito dor.Tristeza sem a razão do
acontecimento,alimentada torna-se repentina.
Vieste dorida,entrar pelas portas do peito
sorrateira vieste.
Ah!,dor torpor ébrio das células esvaecendo mortas
no corpo,artérias choram a cada segundo,os póros entupidos
pela poeira urbana.E estes olhos em areia misturam com prantos.
Um grito,que não foi o meu nome,um riso que não foi o meu.
Um beijo relembrado que não dei,precuro o esqueiro bailarino
da chama sempre presente,obediente,operário do vício sempre
disposto,acende e beija o pulmão fumaça véu cinza á fazer-me
Pensar nas saudades tortas,estas portas que abro em tantos
momentos haurindo do vinho em grave escuridão.
Entra o dia,foi a noite
Voa os passos agora
torpes,tortos,das pessoas
intinerantes dos botecos voltam
Daqui nem sequer sai,imaginei andar
pelas curvas das esquinas,pelas curvas
utópicas de outro corpo.
Triste em minha tristeza,a estrela distante ainda dança
Alva a chamo Estella.
Luiz Carlos
29 outubro, 2011
Por mais que tento
Um sorriso apenas.
Eles murcham,sem ao
menos ter dado a aurora
do nascer.Eles morrem sem
ao menos ter dado flores para
o sepulcro.
29 de outubro,Parada de Lucas 2011
22 outubro, 2011
Umbral dos Apaixonados
21 outubro, 2011
Ao nome mato
No Brasil, todo mundo se conhece.
01 outubro, 2011
Tu
24 setembro, 2011
Escrevo
...
Por muito vivida sem ser almejada.
Hoje a falta que faz, colabora,
Não faço falta, mas hoje você foi lembrada!
Por: Eduardo Martins
Em: 22/09/2011
17 setembro, 2011
Seios
15 setembro, 2011
Como se escreve poesia?
revirando por dentro
e não acho nada pra completar.
A minha vida parece completa
e as dúvidas cada vez mais certas.
Por que estou sozinho?
A solidão é a diferença do coletivo,
enquanto as vozes lá fora me dizem
que ainda estou vivo.
O abraço sincero de quem mentia,
o amor à revelia,
quem sou eu, poesia?
Refletindo,
vou estendendo o que era sofrimento,
mas não é pura transpiração.
Acredito que inspiração
não vem só do coração.
É dia a dia,
solo, batida
incrustada
em simples canção.
Poderia ter feito diversos sonetos,
perder horas na composição.
No entanto, sinto que a emoção vale mais
do que mil horas perdidas de reflexão.
Entre a razão e a emoção,
sou um Bocage remendado
de que tanta bobagem
me joga na multidão.
Comecei vate,
tornei-me diversos,
passei pela tempestade
e o meu ímpeto
acabou em pleno interdito.
De cronista solitário,
fui escritor visionário
de um passado lendário.
As minhas rimas só buscam sufixos
de dicionário.
E a cada movimento
vou me perdendo a cada verso.
Esquecendo de que o Uno
não é universo.
Então, poesia,
isso tudo é reflexão
Ou são meus ingênuos versos?
A certeza é que quando aprender
a escrever o que chamam de poesia,
Não sou eu quem vai saber
o que houve de melhoria.
11 setembro, 2011
Olhar marinheiro
09 setembro, 2011
Peles de emaranhadas vias
Contradicao
Nada Combina
e tudo a espera
Meu calor em teu gélido mármore racional
A fala em metáforas,ou estar e não estar também
Tecido de tuas entranhas,se emaranhando nas janelas do pensamento
Como se a vida fosse tão doce e tão amarga
Tão minha e tua
Estranha,contrastante
Embrutece o homem, desfalece o menino...
Há lamento por sonhos que já não voltam
Há conformidade com as leis do ontem , do talvez e do nunca mais
Palavras evocam o desejo do que ficou pra traz
Será mesmo,o sangue que gela ? amor que estanca?
A chuva que cai?
O silêncio que se aconchega?
Escorre o tempo
Lâmpadas que se apagam e acendem
A dança das sombras ,repetindo-se no dia-a-dia
As pessoas temem ,em agonia se consomem
Por amores ´´inascidos´´
Viril vendaval nos campos,tragam boas novas!
A eternidade grita pro mundo,que do amanhã nada sabemos
Lancem as sementes
Cultivem seus jardins
Vistam sua melhor roupa
Por que sinos ainda ressoam
E as estrelas ainda brilham e cantam,por vocação!
Exúvia Hannar(2007)
www.fotolog.com/poemista
07 setembro, 2011
O poeta não morre(para todos os poetas e poetisas)
04 setembro, 2011
Gotas e gotas.
28 agosto, 2011
Hoje
Tome esta água colhida das
pálpebras.Tome ó mágoa esta
tristeza nascida da certeza de
um amanhã mais negro como
a tumba esquecida,entrestecidas
são as flores murchas aquecidas pelo orvalho
e ocaso.
Hoje,abandonei antigos sapatos
de sola gasta,de lama e poeira
contornos de antigos caminhos
arranquei do peito,mágoas
ah....Descem água,escorrem
na fronte sórdida,ferida.
Vêm ave da saudade,pousar nesta tarde
onde arde,queima meu peito escancarado
ébrio do Sake barato,nesta alcova em mofo
e odores tabagísticos.
Passa sinos vesperais
Passa ventos
Passa abelha
Passa moça bonita
Passa minha vida
Passa!Passa!
tudo sem dizer adeus
Hoje o cancro lúgubre
me devora,consume sorrisos
não mais dados,consume tinos
sou um manequim sem vida
inerte,jogado num leito suado
surrado,lamentando,dando versos
as paredes surdas,abafando gritos
rasgo meu coração,sangra da poesia
amarga nascendo neste ventre de artérias
Ah!,hoje á dor veio beijar-me
batem na porta
chamam meu nome
não,vou para rua fingir risos
apenas ficarei,aqui nesta tarde de hoje
ardendo em prantos,lendo a lira,da ira
infernal de sofrer sem amar
pela última vez,antes da bala perdida
vir,entrar veloz e atingir o peito escancarado.
Hoje ficarei aqui......
Luiz Carlos
28 de agosto,Queimados 2011
26 agosto, 2011
Coisa preta
A cor desce
do lápis e escorre
para a vida.
O nanquim da discórdia
se chama Brasil.
Lá o racismo sobrevive velado.
Ter preconceito,
a partir da hipocrisia,
não retira a cor dos nossos dias,
embora a paz ocorra de forma colorida.
Brasileiro deveria ser mestre
em ser discípulo da diferença.
Pois se houvesse uma cor que preste
seria uma grande ofensa.
Precisamos lembrar
Que a “coisa” sempre esteve preta
no Brasil!
25 agosto, 2011
Caem dos céus os demônios
Na beira do precipício
No final do crepúsculo
Ela abraçada com a cabeça em meu peito
Chorava copiosamente
Não iria mentir na derradeira hora!
Levantei o rosto colado em meu peito
Não queria comigo ver o fim
E então, apenas lhe confortei
E sussurrei...
- Sabes amada de onde vem os demônios?
Ela mal um não acenou com a cabeça...
- Verdadeiramente amada...
Continuei...
Caem dos céus os demônios
Que outrora eram anjos
Deles os mais belos, os que cantavam a alvorada
E ressonavam daqui ao início dos tempos
De que tudo isso Deus já via
E nesse rodopio e ciranda criança
Eram eles que desciam do céu
E por ter medo do mesmo
Procuravam abrigo debaixo da terra
E quanto mais terra, menos medo do céu havia
Caem do céus aos montes os demônios
Em mil bravios de dores e chagas e tolos
Tolos todos nós homens como eles fomos mais
Digo mais, tolo mais do que eles fomos, pois tememos o céu
Ó vazio céu!
Aos demônios, as lendas, as coisas menores que não existem
E por descrédito fomos ao precipício
Que por subestimo de quão tolo e pequeno ardil
Não nos prepararmos para a fúria
E a possível derrota de deus.