11 abril, 2011

Através das janelas

Ninguém pode ver,teus olhos através das janelas.
Olhares olvidados,no embaço da chuva nos vidros.
Olhos em vislumbre o movimento rápido da vida,
Carros,businas,ruas,avenidas,passos!
lágrimas,angústias,tormentos entrelaçados

A estátua na praça esquecida,pichada.
Boteco aberto embriaguez aladas.
Cães errantes pelas ruas esparsos,
mendigos nos cantos estendem
suas mãos sem encanto.
Anoitece nas esquinas
o amor não tem nome!

Através das janelas...solidão!,um verso,
flores secas num vaso,máquina de escrever
Olivetti,o tabaco não apago!
o coração?Ah... o coração!
pede mais um trago!

                      Luiz Carlos

2 comentários:

Henrique Santos Pakkatto disse...

Gostei muito!

Poemista disse...

ja pendurei na cabeceira!
doce delirio numa confissão
que não se esquece em qualquer prateleira!
um tema sempre presente,pertinente a trajetória e forja de tantos poetas!